Santa Casa de Piracicaba adota medidas preventivas contra o H1N1

Funcionários passam a usar máscaras, não indicadas para o cliente usuário do Hospital

Em decorrência dos casos de gripe H1N1 registrados em alguns pontos do país, com predominância no estado de São Paulo, a Santa Casa de Piracicaba deflagrou o protocolo de ações estabelecido pelo Ministério da Saúde para prevenção da doença nas dependências do Hospital, fazendo com que funcionários de setores de atendimento ao público usem máscaras cirúrgicas.

Segundo o médico infectologista Hamilton Bonilha , do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa- SCIH, a medida é preventiva e tem como foco a proteção de funcionários que estão à frente do atendimento e que, por isso, mantém contato direto com os pacientes.

Recepções e portarias do Pronto Atendimento e Maternidade, estão entre os setores que adotaram o uso da máscara cirúrgica

Recepções e portarias do Pronto Atendimento e Maternidade, estão entre os setores que adotaram o uso da máscara cirúrgica

 “A população não precisa se impressionar com as máscaras, pois, assim que dá entrada no Hospital, todo paciente segue diretamente para a sala de triagem, onde é feita a verificação de sintomas para definição da conduta médica”, explica Bonilha. Ele lembra que, ao menor sinal do vírus H1N1, a pessoa é imediatamente submetida a uma série de cuidados de forma a evitar a transmissão da doença. “Permanecem juntos, na sala de espera, apenas pacientes assintomáticos e que, portanto, não apresentam suspeitas do vírus”.  

Segundo Bonilha, a principal forma de transmissão não é pelo ar, mas pelo contato com superfícies contaminadas. “Por isso, o uso de máscaras pela população não é recomendado pelo Ministério da Saúde”, justifica. Entretanto, quem está doente deve fazer uso de máscara, quando estiver em contato com outras pessoas, para não transmitir o vírus.

 Como medidas preventivas de caráter geral à população, o infectologista  indica a frequente higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel; cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; lavar as mãos após tossir ou espirrar; evitar aglomerações; não dividir objetos de uso pessoal, como toalhas de banho, talheres e copos; evitar tocar superfícies do tipo maçanetas, interruptores de luz, chave, caneta e torneira, entre outros.

 Outra dica é manter uma alimentação adequada, que fortalece o organismo e ajuda a criar mais resistência contra qualquer doença. 

 Bonilha alerta também para a necessidade de atualização da vacina contra o vírus. Ele explica que a maioria das pessoas recebeu a vacina para H1N1 em 2009, devido ao surto da doença naquele ano, mas não fez a revacinação anual como preconizado. “O ano passado a prevalência maior foi do vírus H3N2, menos agressivo que o H1N1, mas nos primeiros 3 meses do ano o número de óbitos por H1N1 já superou todo o ano de 2015. As vacinas atuais contra a gripe protegem o indivíduo contra os vírus H1N1, H3N2 e gripe sazonal e devem ser feitas anualmente, pois elas são modificadas levando em conta o subtipo do vírus da gripe mais comum do ano anterior”, explica.

Sobre o H1N1 – A gripe causada pelo vírus Influenza A/H1N1 (inicialmente chamada de gripe suína) é uma doença transmitida de pessoa a pessoa por meio de secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou espirro de pessoas infectadas.

 A transmissão pode ocorrer quando houver contato próximo, principalmente em locais fechados, com alguém que apresente sintomas de gripe (febre, tosse, coriza nasal, espirros e dores musculares). Ainda assim, Bonilha lembra que pessoas com sintomas de gripe devem procurar orientação médica, antes de adotar medidas de isolamento domiciliar.