Oficina prepara Defesa Civil para período de estiagem

Incidência de incêndios e de problemas respiratórios é maior nesta época do ano; corporação dá dicas e pede colaboração da população para evitar queimadas.

Agentes da Defesa Civil de Capivari participaram da Oficina Preparatória para Operação Estiagem, promovida pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), nos dias 22 e 23 de maio, em Itatiba. O treinamento, que recebeu mais de 200 profissionais de cerca de 30 municípios, serviu de preparação às equipes para o período de estiagem, que se concentra entre os meses de junho e outubro.

Nos dois dias de oficina, os agentes da Defesa Civil, acompanhados por quatro guardas municipais, acompanharam também palestras e atividades relacionadas à Operação Corta Fogo, que visa combater  focos de incêndio e seus consequentes impactos ao meio ambiente.

Desde o mês passado, a Defesa Civil tem desenvolvido atividades de conscientização no município. No último dia 20, por exemplo, a corporação apresentou palestra a cerca de 300 estudantes das escolas Padre José Bonifácio Carreta e Professor Aldo Silveira abordando questões ambientais, entre elas estiagem e queimadas.

Diretor da Defesa Civil de Capivari, Ricardo Lourenço de Souza explica que o período de estiagem, caracterizado pela  redução, atraso ou ausência de chuvas, é propício para incêndios em terrenos, pastagens e às margens de rodovias. Ele lembra também que, nesta época, como o ar fica mais seco, a incidência de problemas respiratórios, gripes e alergias é maior.

Para minimizar os impactos da estiagem à saúde e também à natureza, Souza pede a colaboração da população, que deve se atentar a algumas recomendações sobre práticas que devem ser evitadas, como: jogar bitucas de cigarro em rodovias, queimar lixo, atear fogo em terrenos e soltar balões. “É preciso que os cidadãos tenham consciência de seus atos e ajam com responsabilidade. Em condições favoráveis, uma pequena faísca pode provocar um grande incêndio”, diz o diretor.

As consequências das queimadas, ressalta ele, são enormes, incluindo destruição de plantações, perdas florestais, morte de animais silvestres (inclusive de espécies ameaçadas de
extinção), acidentes envolvendo pessoas (em alguns casos, levando até a morte) e poluição do ar.

De acordo com Souza, os efeitos causados pela baixa umidade do ar à saúde também podem ser minimizados pelas pessoas com algumas atitudes simples, entre elas: consumir bastante água, frutas e vegetais; evitar praticar atividades físicas entre 11h e 17h; em casa, umidificar o ar espalhando toalhas úmidas ou bacias com água pelos cômodos; e limpar os olhos com algodão e água esterilizada ou soro fisiológico (para evitar que fiquem secos e irritados).

O consumo racional de água é outra recomendação da Defesa Civil. Por conta da falta de chuvas nesta época do ano, rios e reservatórios de água podem ter o nível reduzido, gerando racionamento. Souza alerta, ainda, para a importância da economia de energia elétrica, uma vez que a maior parte da eletricidade no Brasil é produzida por usinas hidrelétricas (movidas pela água).