O Mundo Gira

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É inegável que estamos atravessando uma fase de profundas alterações sociais. Essas mudanças têm em seu cerne a crise e derrocada do socialismo ditatorial na Rússia e os questionamentos acerca do capitalismo que, apesar do perfil hegemônico, não oferece respostas contundentes à crise mundial e entoa seu canto de sereia, anunciando o possível surgimento de um novo sistema.

Colocado pelos jornalistas dentre os gurus da administração atual, Peter F. Drucker, já falecido, diz sobre a nova ordem econômica mundial: “Existem atualmente quatro economias, sendo cada uma, como diriam os matemáticos uma “variável parcialmente dependente”- todas são interdependentes, mas nenhuma controlada pelas outras”.

Em primeiro lugar, há a economia da nação; porém o poder está passando cada vez mais para a região América do Norte, Comunidade Econômica Europeia e a região do Extremo Oriente agrupada ao redor do Japão.

Infere-se desta colocação que a economia mundial funcionará através de 3 grandes blocos:

• Os EUA estão associando forças com o Canadá e o México (NAFTA) e é provável que a esse bloco se junte o potencial emergente representado pelo Chile cuja taxa inflacionária foi controlada por um general ditador associado pelos chamados “Chicagos boys”(discípulos da escola monetarista de Milton Friedman).

• Mercado Comum Europeu, com a eventual supremacia alemã propiciada pela queda do muro de Berlim.

• Bloco oriental, no qual se unem os Tigres Asiáticos e o Japão que, apesar de não possuir riquezas naturais, se coloca em posição de liderança no bloco graças a seu crescente potencial econômico.

Um bloco não reconhecido pela comunidade econômica internacional e muito menos por escritores como Peter Drucker é o MERCOSUL. Na sua formação estão Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, mas já se cogita a união deste bloco com a NAFTA ou o Mercado Comum Europeu ou ambos. A solução desta estratégia poderá definir nosso futuro como nação.

A observância destes fatos e do quadro global de lutas raciais, religiosas e movimentos separatistas, nos leva a crer que o mundo e as organizações em particular, sofrem uma ruptura de valores para que uma nova ordem se estabeleça.

Nesse sentido quem viver verá o surgimento de um novo sistema e de um mundo remodelado sob a perspectiva de novos atores no cenário mundial

e – Robson Paniago é Administrador Tecnológico & Social

robson.paniago@fgv.br

site: www.portalconsultee.com