A cadeia da insegurança.

O tempo passa e os problemas da insegurança aumentam cada vez mais, o tráfico de drogas e as consequências do uso desenfreado vão se agravando numa velocidade incontrolável.

As consequências são as mais diversas, desde a debilitação do usuário até a sua detenção propriamente dita. A qualidade da educação piora ainda mais este quadro. As escolas públicas parecem que não atendem ao anseio de formar pessoas de bem e estão cada vez piores. A falta de estímulo salarial é um dos motivos que dificultam e refletem na má qualidade do ensino. Os professores com baixíssima renda estão desestimulados.

O cidadão não alfabetizado acaba ficando de fora do mercado de trabalho, não por falta de oportunidade, mas por falta da capacitação especializada para ingressar numa carreira honesta e justa. Assim vai crescendo o número de desempregados que são acolhidos pelo crime.

A maioria deste contingente do crime quando são presos pela polícia logo são colocados de volta na rua causando assim uma enorme frustração aos polícias que já trabalham em condições insalubres e perigosas com um aparato policial bem deficiente, onde falta viaturas, armas potentes, coletes entre outros itens.

A insegurança não é só da população, mas também dos próprios policiais. Não há cadeias suficientes, muito menos programas razoáveis de recuperação dos presos.

Esta falta de unidades prisionais levou ao Governo do Estado a construir novas cadeias e presídios, estas construções foram levadas para as cidades do interior, com isso a insegurança que era mais visível nas grandes capitais chegou também ao interior.

A inauguração do CPP de Porto Feliz é uma prova de que a construção de Unidades só aumenta a cadeia da insegurança que vive a população.

Os moradores circunvizinhos do CPP já demonstram sinais de medo, de incerteza e até de prejuízos imobiliários, pois com a chegada do Presídio até os imóveis ficaram desvalorizados.

Veja que a cadeia é bem maior do que se imagina!

É preciso que os diversos setores da sociedade se unam e comecem a cobrar com mais ênfase uma maior atuação dos poderes constituídos.

A segurança é dever do Estado, a liberdade é direito do cidadão de bem, se cada um fizer a sua parte a tendência é que esta cadeia de insegurança diminua.